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fernando giovanella implante zigomatico.

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A Verdade Nua e Crua Sobre Implantes Zigomáticos

Atualizado: 18 de set. de 2019





Implante zigomático é um tema polêmico, mas neste vídeo eu fui extremamente honesto naquilo que eu tenho visualizado e experimentado na prática clínica.



Transcrição do vídeo:


Depois de escutar tanta gente falando asneira sobre implante zigomático eu resolvi fazer uma série de vídeos sobre esse tema. Quer você goste quer não, eu vou falar a verdade nua e crua sobre implantes zigomáticos. Não no sentido de eu ser o "dono da verdade", mas sim, relatando de maneria extremamente honesta a visão de quem trabalha com a técnica e tem experiência clínica para opinar. Fica comigo que você vai entender o por que dessa técnica ser ao mesmo tempo amada por uns e odiada por outros.


O implante zigomático é um modalidade de implante que no passado recente dependia exclusivamente da profissional apresentar ao paciente esse modalidade de tratamento. Atualmente, com a disseminação da informação pela internet, o PACIENTE passou a ficar mais instruído E O PRÓPRIO PACIENTE agora descobrem essa possibilidade de tratamento. Enfim, O paciente passa agora a procurar técnicas sem enxerto ósseo e com carga imediata. E agora,? como aprender a fazer implante zigomático? Vamos entender de maneira geral como isso funciona?


Inicialmente que para você poder comprar implante zigomático As empresas EXIGEM que você faça um credenciamento em implante zigomático. Até aí tudo bem, isso é bom porque do contrário certamente teríamos aí uns aventureiros que iriam fazer muita coisa perigosamente errada. O problema é que boa parte dos credenciamentos funciona mais ou menos assim: você terá umas aulas teóricas, onde o ministrante vai falar que existe a técnica de Branemark, técnica de Stella e técnica exteriorizada. Vão te dar um desses modelos de cranio para você fazer um hands on, e pronto, você está credenciado. A pergunta é: SERÁ QUE ESTÁ MESMO É? isso faz sentido pra você? Isso de fato te capacita e te torna de fato apto a realizar essa complexa modalidade de tratamento? Pra mim não!


Querem ensinar a técnica através de modelos de hand´s on que em nada se assemelham com o que encontramos na prática. Aí o cara faz o credenciamento, não consegue aprender e começa a falar mal da técnica. A verdade nua e crua sobre implantes zigomático é que existem 3 tipos de profissionais em relação a essa técnica:


1. Não fazem e não querem aprender


Éticos: Dizem ao paciente que não fazem essa técnica, mas se o paciente tem interesse nessa técnica ele vai encaminham ou operam em conjunto com um colega que faz. Defensores do ego: Não sabem nada sobre a técnica, mas não hesitam em falar mal de algo que nunca fizeram e não conhecem.


2. Tentaram aprender, tiveram dificuldade, e desistiram.


Esse grupo, após algumas tentativas encontraram uma série de dificuldades transcirúrgicas, passaram alguns apuros e resolveram voltar para o enxerto. Muita vezes são profissionais bem intencionados em evoluírem tecnicamente, mas não tiveram uma orientação correta e por conta disso, não conseguiram chegar até o final, ficando no meio do caminho. Éticos: Dizem ao paciente que trabalham com a técnica, mas preferem encaminhar ou operar em conjunto com um colega que faz. Defensores do ego: Falam que zigoma não funciona, só dá problemas e por isso não fazem mais.


3. Fazem implante zigomático


Conseguiram superar a curva inicial do aprendizado e fazem, de fato, implante zigomático. Existe um porém, quase todo munto que opera implante zigomático, tem uma forma de trabalhar semelhante: Operam "de olho". Também dá certo, eu aprendi e operei na maior parte do tempo assim. Quer saber como isso funciona?


O cirurgião dentista pega os cortes tomográficos padrão enviados pelo radiologista. Alguns só usam a panorâmica mesmo. Vai furando até encontrar a ancoragem óssea. Uns, fazem grandes aberturas sinusais para tentar achar a melhor abordagem, tudo isso durante o transcirúrgico. Outros acreditam que é totalmente possível sempre seguir alguma técnica padrão, seja Branemark, Stella ou Exteriorizada (mas isso eu quero falar em outro vídeo). Enfim, a forma intuitiva de operar também dá certo.


O problema dessa abordagem é que muita vezes o feeling, a intuição do cirurgião é o principal motor do desempenho cirúrgico e resultado obtido. Não é raro o erro de perfuração. O seu feelilng diz que a direção da perfuração é em um exato local, você segue e cai na fossa temporal. Então, você precisa fazer outra perfuração até encontrar o osso. Mesmo que você consiga a ancoragem necessária para uma estabilidade mínima do implante zigomático, muitas vezes a perfuração não foi na melhor posição. A máxima disponibilidade óssea do zigoma não foi atingida pela perfuração. Em alguns casos isso não muda o desfecho do caso, já em outras, isso pode ser o diferencial entre ter um implante instável e com baixo torque ou ter um torque excelente, carga imediata, paciente e profissional satisfeitos e felizes.


E se eu usar um protótipo?


Existem alguns cirurgiões que trabalham com protótipo. Imprimem em 3D a imagem tomográfica na tentativa de antever e simular do ato cirúrgico. A ideia e o propósito são boas, mas a forma como fazem pouco contribui de fato para a previsibilidade do desempenho cirúrgico. Na verdade, imprimem o protótipo e simulam com a mesma mentalidade que oparam o paciente, isto é, operam no feeling, na intuição, na tentativa de acertar: vou furar aqui, ficou +/-; era melhor ter furado um pouco mais pra dentro; vou tentar novamente mais pro lado... E por aí segue.!


Em poucos minutos o protótipo virou uma peneira. Agora ele imagina que sabe mais ou menos como operar. Começa o procedimento, tenta lembrar quais das 5 perfurações que ele fez foi a melhor e... esquece! Não vai conseguir reproduzir o que treinou. Conclusão: protótipos não ajudam em nada!!!


Da mesma forma que a cirurgia ortognática viveu seus altos e baixos e agora apresenta-se previsível com o auxílio das ferramenta digitais, o mesmo podemos dizer do implantes zigomáticos.


No passado a ortogática era feita no olho, no feeling do cirurgião. Dava certo? As vezes sim, em outras poderia ter ficado melhor. O zigomático também tem sido feito "de olho", no feeling do cirurgião... Tem dado certo? Às vezes sim, em outras poderia ter ficado mais perfeito. Cabe a nós agradecer a esses grandes cirurgiões, que foram corajosamente abriram caminhos que serviram de alicerce para chegarmos até as técnicas de hoje.


Eu posso garantir que vivemos uma nova era do implante zigomático. Temos novas indicações; nova forma de entender o zigoma e os próprios implantes; menos intuição e mais planejamento; Novas ferramentas de planamento e de execução cirúrgica. Estamos desenvolvendo novos desenhos de implante, enfim, é tanta mudança que daqui pra frente podemos dizer que vivemos um novo tempo, que chamarei de Zigoma 2.0 – a nova era dos implantes zigomáticos.


Se você quiser entender mais sobre essa nova era do implante zigomático, escreva abaixo suas principais dúvidas. A partir desses comentários, criarei os novos conteúdos para que possamos juntos disseminar essa importante modalidade de tratamento para os dentistas e para a população. Agora, se de fato você tem interesse em aprender e dominar essa técnica, clique no link das descrições.


Forte abraço e eu te vejo no próximo vídeo!





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